Ramon Oliveira
Imaginário sublime em forma de mágica
Imaginário sublime em forma de mágica
Imagine encontrar um rapaz usando uma camiseta com uma tarja de proteção anti-furto de lojas multimarcas na rua com grande naturalidade. Jovem, simpático, apaixonado pelo que faz, Ramon é um exemplo sublime de pessoa que tem o orgulho e o dom de fascinação pública ao demonstrar seu trabalho: a mágica. Não bastasse o dom inerente, é um dos principais no Brasil que desenvolve a técnica de roubo mágico. Acredite, você nem sente que ele pegou seu relógio. E mais: fique embasbacado com o que ele faz com uma lata de refrigerante. Abre a embalagem cheia, joga o refrigerante fora, amassa e depois a desamassa até que volte ao seu estado normal com o lacre fechado. Para completar ainda bebe o refrigerante!!
Acompanhe agora o nosso bate-papo envolvido nesse fascinante universo lúdico.
Imaginário Sublime: Quando percebeu sua identificação e interesse pela profissão de mágico? Conte como foi sua trajetória.
Ramon: Comecei na mágica bem cedo, com sete anos já fazia os primeiros números. A minha “porta de entrada” para o mundo artístico foi aos seis anos de idade, quando meus pais me matricularam em um curso de teatro. Aos quinze anos de idade comecei a trabalhar de verdade com mágica e pude nesse tempo percorrer alguns programas de TV (Fantástico, Xuxa Park, Caldeirão do Huck, entre outros...), receber títulos pela crítica especializada em mágica (Mágico do ano- Brasil – 2005, Melhor mágico carioca de 2004 e Campeão carioca de mágica – 2008) e apresentar mais de três mil shows no Rio de Janeiro.
Imaginário Sublime: Como é o seu processo imaginário e criativo na hora de elaborar novas mágicas. Como acontece? Quais são suas fontes de inspiração?
Ramon: Procuro observar o mundo a minha volta o tempo inteiro. Filmes, músicas e as artes em geral. Aproveito frases interessantes que ouço, elementos cênicos, conceitos visuais e novos pensamentos para as minhas apresentações. Por isso, ando sempre com um bloco ou com um gravador para não perder nenhuma idéia e as sutilezas que vêm na hora da criação. Quando chego em casa, passo tudo a limpo para o computador.
Imaginário Sublime: Sua especialidade é o roubo mágico. É verdade que existem poucos no Brasil que têm essa habilidade? Como desenvolveu essa técnica?
Ramon: Roubo Mágico foi um termo inventado por mim para descrever uma arte muito rara entre os mágicos Pickpocket (batedor de carteiras em inglês). Tenho estudado esta arte há mais de dez anos e me tornei um especialista no assunto.
Nessa modalidade artística os objetos dos espectadores são “roubados” com mágica e em seguida tudo é devolvido de alguma forma interessante. Muitas das técnicas são baseada nas usadas pelos “trombadinhas” em locais públicos, porém com as habilidades de um mágico trabalhando a favor.
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